domingo, 10 de maio de 2009

DESEJOS


Desejos são assim:
laços eternos que sempre têm fim.
Nem toda jura humana é durável,
nada há na face da terra que seja estável

Daquele laço que nós dois fizemos,
com tanta loucura, doçura e pureza,
puxaste tua ponta de ser
porque o achava opressor demais

E eu que só sabia
em função de ti viver
me vi no mundo perdido
sem chão, céu e sem ser

Levei comigo minha metade,
chorando a outra parte
de copiosa maneira
até compreender

que a metade que eu tinha
era o todo de meu dom
que até o tempo em que quiseste
ao teu complementou...

Um comentário:

  1. Que bom que inda temos pessoas como você que dedicam um tempo, por menor que seja a deixar-nos algo de bom para ler!
    Amei essa.

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