POEMA DO PALADINO CANSADO
Meu coração é bandeira branca hasteada
a tremular em forte vento,
presa a mastro que olha pro mar:
amplidão das esperas.
Não tenho símbolos
ou conto histórias,
sinais de riquezas
ou marcas de glória,
apenas um coração que espera,
invisível,
tentado a brutalizar-se,
a tornar-se ordinário,
insensível,
vagabundo...
Já fui águia branca
de vôo silente,
de olhos precisos
e coração independente...
Ave impiedosa,
racional,
inatingível,
sem sentimentos,
sem emoções....
Hoje sou um coração que suplica,
branca bandeira que treme e tremula
ao mar que murmura,
levando e trazendo
lembranças doridas:
PAZ, PAZ, PAZ.....