sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

POEMA DO PALADINO CANSADO






Meu coração é bandeira branca hasteada
a tremular em forte vento,
presa a mastro que olha pro mar:
amplidão das esperas.

Não tenho símbolos
ou conto histórias,
sinais de riquezas
ou marcas de glória,

apenas um coração que espera,
invisível,
tentado a brutalizar-se,
a tornar-se ordinário,
insensível,
vagabundo...

Já fui águia branca
de vôo silente,
de olhos precisos
e coração independente...

Ave impiedosa,
racional,
inatingível,
sem sentimentos,
sem emoções....

Hoje sou um coração que suplica,
branca bandeira que treme e tremula
ao mar que murmura,
levando e trazendo
lembranças doridas:
PAZ, PAZ, PAZ.....

Um comentário:

  1. Já faz algum tempo que você não posta nesse blog. Fiquei feliz que tenha voltado com essa atividade. Quanto ao texto, meus parabéns... EXCELENTÍSSIMO.

    ResponderExcluir