segunda-feira, 24 de agosto de 2009

O FILHO

Pobre rebento
na árida terra,
à espera, à espera,
contra toda espera.

Quem notou sua chegada?
seu porvir quem notou?
E nascendo, dizei-me,
quem foi que o amparou?

Os ventos fortes,
a geada implacável,
a forte chuva,
a terra acre!

Foi crescendo robusto,
contra toda intempérie,
no silêncio dos simples
que se tornam agrestes.

Não o tomes por rude,
ou o julgues por fora,
se a beleza lhe falta,
fortaleza o sustenta
e doçura lhe sobra!

Nenhum comentário:

Postar um comentário