Na espera vaga,
tudo é virgem,
tudo espera
pelo começo.
A noite espera pelo dia,
o sono pela vigília,
o papel: a ferida da letra,
e a saudade: a boa notícia.
E a lente da preguiça tudo amplia:
o sono quer mais noites,
a letra: inspiração.
Vira a saudade melancolia;
e a boa notícia se perde
pelos caminhos da solidão.
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