domingo, 31 de janeiro de 2010

CANTO DE FIM DE TARDE


Vazio d'alma,
plácida calma,
estranha e longíqua,
saudosa e melancólica!

Sereno de fim de tarde,
perfume que exala a terra,
das escondidas raízes
que burilam a seiva bruta!

Brisa suave e fria,
tempo que esconde a alma,
cortina de nuvens turvas
que choram qual carpideiras.

No ermo se espalha a alma,
no ermo do espaço imenso,
pequeno para conter
os desejos que traz em si.

A mente, alcançar, peleja,
o pássaro migratório,
a parte que foi sozinha,
fugindo do agreste tempo!

Um comentário:

  1. olá, vc sabe como adoro suas poesias....
    li todas, haaaa e continue escrevendo, viu?!!
    Um forte abraço
    E parabéns por esse dom tão encantador.

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