domingo, 7 de março de 2010

CANTO DE ESPERA

Em breve!
Em breve virá o que é leve,
aliviar a alma pesada
para que livre veleje.

Virá!
Virá como inverno esperado,
pelo chão que arde e reclama,
que seja saciada sua sede.

Será:
Como o amado que busca,
na madrugada a amada,
para correrem os campos
e se esconder numa tenda!

Terá:
os negros cabelos molhados
de perfumado orvalho
da madrugada inocente,
fresca, pueril e silente!

O sorriso do ébrio que ama,
as mãos e os braços sedentos,
do abraço do ser que anela
ter todo em si para sempre;

O peito que ofega em suspiros,
os olhos que buscam o alívio
da beleza da amada dos sonhos
que a muito houvera partido!

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