sábado, 24 de setembro de 2011

O CAVALEIRO DO SOL


Concerto do vento em fúria.
Baile dos pingos grossos da chuva.
Gritos perdidos, inclusos na tecitura.
Lágrimas de estrelas cadentes.

Para onde foi o homem sentado na pedra?
Depois que se fez calmaria,
sumiu sem deixar mais notícias!
Levou-o o silêncio da história.

Ópera do Sol em brandura.
Clara luz branca,
a ofuscar os olhos,
de quem não tem costume
de enxergar a luz.

Quem é aquele que vem,
trazendo numa mão uma bandeira,
no braço escudo imponente,
montando veloz alazão?

É aquele outrora esquecido,
de existência outrora invisível;
volta agora do mundo dos vivos,
porque os mortos o tinham negado.

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