quarta-feira, 11 de abril de 2012

CANTIGA SOBRE CERTAS COISAS DA VIDA

O verso de sempre.
A mesma questão.
A mesma doçura
enfastia a alma e
a mesma agrura
apela para a sanidade.

No caminho do deserto
suplico pelo maná.
Não sinto saudades do Egito,
sinto saudades do Eterno lar.

A mesma história,
o mesmo pesar,
ciclado,
reciclado,
contado
e recontado
desejo abandonar.

O mito que eu criei não existe,
é sonho que maltrata o coração,
existe em função do criador
que em versos imaginava suas formas.

Sou amigo de Jonas,
com ele vou pular no mar,
com ele vou ao ventre do peixe,
também desejo ressuscitar.

Na barriga do peixe
conversei com Bolaños:
o herói não ultrapassa limites,
o herói abre as suas janelas.

Serei o herói que devo,
o herói que posso
e o que mereço,
não o que esperam!

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