segunda-feira, 9 de abril de 2012

CHAMADO

Depois da tormenta a calma.
Na calma o silêncio da eternidade,
que se revela no tempo
por uma ponte indelével.

Eis mais uma vez
um outro limiar,
da mesma espera
que sempre me pediu resposta.

De novo, o Amor Eterno,
que me deu esta marca,
bate à minha porta
com saudades de mim

me chamando à descer
quando quero subir,
me chamando a entrar,
a me reencontrar,
quando quero ficar

simplesmente a sentir a brisa,
a dormir no silêncio eterno,
no dia branco
puro da mácula
da tinta que escreve

a história dos homens,
imperfeitos, impuros,
santos e bons
assim como eu.

O que direi, Amor?!
Meu coração arde,
minha alma suspira,
sonha o meu espírito

com um mundo novo,
uma nova história,
com homens felizes,
com a tua glória,
tuas maravilhas!

Descerei contigo
mesmo tendo medo,
a escada secreta
da profunda notúrnia.

Uma só coisa te peço:
não largues a minha mão!

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