Transborda de mim a saudade,
em versos efusivos,
de espaço que transborda do espaço
aumentando as distâncias.
Quero o bem que eu tinha,
não aquele que eu queria ter,
o bem idealizado
que se desvaneceu
com o Sol da verdade.
A luz deste Sol não traz certezas.
Traz a dúvida.
Traz alertas.
O que é certo?
O que é verdadeiro?
Reclama - me o Sol o meu olhar!
Nunca mais fitei meus olhos na beleza que não passa!
Nunca mais deixei que me enlevase,
que saciasse a minha alma!
Por isso vivo a morrer de sede,
cambaleando, ando a morrer de fome,
e delirando, busco vis ilusões,
que não preenchem esta metade.
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