quarta-feira, 18 de abril de 2012

SUSPIROS DE UM PEREGRINO

Ando enfastiado deste alimento.
O Maná sacia o ventre,
mas não mata
a fome do coração.

Ando cansado
desta velha rotina,
de saciar estas feras
e arder com o sol.

Caminho atrasado,
sem ser pra ninguém
senão este óbvio
sinal do que devo.

Dormir
já não descansa meus olhos,
nem alivia minha mente,
tampouco o corpo pesado
que minhas pernas carregam.

Quero sair de mim,
ver novos horizontes
e encontrar ermida
onde possa hibernar!

Quero deixar na terra
esta figura velha;
o novo que é vindo
reclama que acabe
esta alongada espera!

Nenhum comentário:

Postar um comentário