sábado, 12 de novembro de 2011

MANTÉM TUA LUZ


A solidão soou o sinal!
Dobram os sinos saudosos nos cimos
das torres eternas do templo da alma
que busca o Ézer a muito perdido.

Ressoa o sinal vibrando as fibras,
os átrios, medulas, junturas e pele;
clamando, pedindo, chorando, bramindo
qual chão sequioso no sol sob o sol.

É grande o vácuo, imensa a distância;
domina o espaço, e a amplidão
maltrata, na espera, quem é limitado,
querendo sem ter, ainda, alcançado.

Por isso, nas trevas, mantém tua luz
com óleo vivaz do amor por amor,
da paz pela paz, vida por vida,
da fé pela fé que não desanima.

Então tu verás o que te dizia,
na noite escura, desértica e fria:
ao longe mil luzes enxergam a tua,
alegres por já não estarem sozinhas.

Uma luz que se acende: a outras anima.
Uma luz que é mantida: se torna um guia.
Se mantém sua vigília, defende a vida.
Se a outras acolhe, se torna um farol.

Nenhum comentário:

Postar um comentário