sábado, 5 de novembro de 2011
POBRE ODE DE MIM!
Sou um ser só!
Um ser somente!
Mas não sou um só ser,
porque ser sozinho
é minha sina constante.
Foi - me dado um caminho,
caminho diferente,
vereda singela,
vazia de gentes.
Eu caminho sozinho,
vou plantando sementes,
na vereda estreita,
no atalho sem gentes,
que a mim só permite,
chorando ou cantando,
perdendo ou ganhando,
olhar para a frente.
Não me foi permitido
esperar por ninguém,
e quem veio comigo
desitiu deste itento.
Meu caminho estreito,
não tem palco ou aplausos,
festas, danças, ribaltas,
glórias, nomes e status.
O meu prêmio já tenho,
mas pouquíssimos vêem
as sementes que descem
preparando as raízes.
Ficarei no silêncio,
no melhor da história,
e quando novo caminho
surgir de repente,
recoberto de flores,
perfumado de amor,
com seu coro de pássaros
a cantar seu louvor
gloriai a Deus Pai,
criador do caminho,
das sementes,
das flores
e do pobre poeta!
Amém!
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bela poesia!
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