Teu olhar de sol dissipou-me as névoas!
As névoas dos sonhos, das fantasias,
do auto-engano, da melancolia,
da ilusão em que me fazia
o "mártir da vez"!
E aquele brilho que busquei de novo
em teus olhos vivos de menina - moça,
em que me enxergava teu super - herói,
para meu tormento, já não existia!
Neles vi o Sol a dissipar as trevas,
mostrando a verdade do que hoje sou:
perseguidor de quimeras,
pescador de ilusões.
E o mundo belo que cantava, vejo,
ser caos absurdo que eu fantasiava
de versos oníricos, odes alegóricas
para não crescer, não me tornar adulto.
Dissipada as névoas
Tersa foi embora,
e quem resta agora
é comum mortal
como o são as outras!
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