sábado, 25 de fevereiro de 2012

POEMA PARA A MOÇA DOS OLHOS DE SOL

Teu olhar de sol dissipou-me as névoas!
As névoas dos sonhos, das fantasias,
do auto-engano, da melancolia,
da ilusão em que me fazia
o "mártir da vez"!

E aquele brilho que busquei de novo
em teus olhos vivos de menina - moça,
em que me enxergava teu super - herói,
para meu tormento, já não existia!

Neles vi o Sol a dissipar as trevas,
mostrando a verdade do que hoje sou:
perseguidor de quimeras,
pescador de ilusões.

E o mundo belo que cantava, vejo,
ser caos absurdo que eu fantasiava
de versos oníricos, odes alegóricas
para não crescer, não me tornar adulto.

Dissipada as névoas
Tersa foi embora,
e quem resta agora
é comum mortal
como o são as outras!

Nenhum comentário:

Postar um comentário