segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

POEMA SECRETO

Para aquela que me deu o primeiro e único enlevo em forma de beijo

Era noite...
Eu ouvi os passos de Tersa...
E seus sorrisos tão puros...
Oh Canção admirável...

Era noite tão fria...
Mas no meu peito ardia...
Força que me abrigava
e tiritar, me fazia...
Saudade, saudade, saudade...

Era noite tão densa
sobre os meus olhos cansados,
que eu dormia rendido
pelo desejo acordado

Mas acordei em meus sonhos
pelos teus olhos castanhos,
a emanar-me a ternura
do teu oásis secreto.

Era tarde castanha
de luz amena e plácida,
como os teus doces olhos,
teus doces olhos tão plenos...

E já se punha o sol
quando senti-me completo
pelo teu beijo secreto
que não se entende,
se vive.

E voei...
Sem saber se eu era um corpo...
Sem saber se eu era um...
Sem saber se eu era eu...
Sem saber se eras tu...
Sem saber se éramos nós...
Voamos...
Sem saber que nós voávamos...
se existia algum espaço...
Algum tempo...
Uma vida....

Deleitamo-nos...
No universo de sabores
do teu ósculo primeiro,
plenamente sinestésico...

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