domingo, 12 de fevereiro de 2012

SONHO

A porta do sonho abriu-me
acesso ao secreto jardim.
E vi as aléias do norte,
com seu macadame adornado.

Senti os jasmins perfumando
as trilhas com santo incenso.
De enlevo, eu fui carregado,
até o espelho da lua.

Ali minha fada dormia,
assim como uma criança,
em leito de lírios e plumas,
guardada do mal de outrora.

Guardavam-lhe anjos severos,
velava-lhe a natureza;
e eu pobre espectro, sombra,
não tinha grandeza para lhe acordar!

Fechou -se a porta e veio a vigília,
voltou-me a rudeza do mundo dos homens,
e desde então eu canto uma ode,
da longa distância que não se supera!

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