quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

BALADA DO CORAÇÃO PERDIDO


Meu coração censurado
esqueceu o que é ser feliz,
bate só por que tem que bater,
em compasso que lembra o do fado.

Enfadado coração,
apostou e perdeu muitas vezes,
bem pior do que o filho pródigo,
apesar de caído em sí
retornar, ainda, não conseguiu.

Como sofre o coração
quando vaga sem destino,
sem saber a vocação
do amor que traz em sí.

Não repousa,
não descansa,
vive em ânsias,
sem motivos,
melancólico!


Mas das fibras,
uma voz,
doce impulso,
lhe vibrou:

"levantar-me-ei agora,
é preciso que eu retorne
aos abraços do Amor,
Oceano do qual sou
uma simples gota d'água!"

Um comentário:

  1. Lindo poema, que nos lembra como estamos vulneráveis aos apertos do peito, seja de alegria ou seja de tristeza, e que estamos inseridos num contexto onde não somos o todo e sim uma parte. Poesia que nos faz refletir, obrigado por essa obra prima Professor Leandro, e não me canso de lhe dar os parabéns.

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