sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

ESTRELA


Tocando sua flauta,
por entre as aléias,
eu vi a Magdala
de tranças compridas!

Passou exalando
seu doce perfume,
de essência de mel,
madeiras e Nardo.

E qual um besouro
segui o seu rastro,
de música e cheiro,
belezas e encantos.

Eu vi Madalena
banhar-se no lago
e no plenilúnio
que a lua emanava.

Seu corpo de astro
me arrebatou
em dança de enlevo,
de êxtase extremo.

Meu corpo pequeno
se agigantou,
meus sete sentidos
foram elevados.

Nenhuma palavra
era necessária,
arquétipo algum,
descrever, podia.

Já inexistia
espaço ou limites,
castigo ou crime,
mentira ou engano.

As trevas banidas,
já não existiam,
deixando entrever
a última porta.

A porta das horas,
palácio de Cronos,
limite guardado
por dez guardiões.

Ali seu sorriso,
cegou-me os olhos,
e quando acordei
o dia ia alto!

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