terça-feira, 13 de dezembro de 2011
BRANCOS VERSOS DE UMA DESPEDIDA
Como consolar teus olhos tristonhos,
se sou tua tristeza
e da tua amargura
razão, já, sem par?
Sou um bom lobo,
mas sou lobo!
Bom ladrão perdoado,
mas ladrão!
Como posso devolver o que foi doado?
Horas investidas,
vida empregada,
renúncias vividas!
O que se dá no amor não volta,
deixa marca indelevel,
como a ferida profunda
deixa a cicatriz.
Passei, mas não lhe fiz o bem.
Sonhei e não realizei.
Frustrei teu viço, jovem flor!
E fico, pra que possas ir!
O que pode dar o parasita?
Não tem vida própria,
não governa a si,
receber, só sabe!
Deixo-te partir para que não morras!
Eu cá fico para me transfigurar!
Voltarei um dia; ser de vida própria,
com a vida em minha mãos para te entregar!
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Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMuito bonita essa poesia! Uma espécie de redenção para os amores que não se firmaram! Interessante sua visão... Um final sem culpados, de certa forma.. hehehe
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