Vazio que fala.
Silêncio que pede.
Ausência que questiona.
Solidão que mede.
Caminho já ido.
E outro voltado.
O ido, aberto.
O Outro incerto.
A pequenina via que achei floresce.
Tenho ido só.
Tenho alegria,
mas nada me apetece.
Minha musa morta ainda é viva.
Minha companheira abandonei.
Vejo a minha musa e suspiro.
E à companheira não mais tenho.
Vou refazendo minha via estreita.
Calçando de novo os paralelepípedos,
erguendo as pontes,
plantando as flores.
Voltar e refazer já não o posso.
Caminho mas pareço não chegar.
Esta pequena via me ensina:
"Colhei as alegrias deste dia!"
Anelo grandes sonhos que não vejo.
Suspiro e me ponho a imaginar,
tentando pôr as coisas nesta fôrma,
frustrado, não consigo encaixar.
Cansado durmo á sombra dos abrigos;
embala-me a brisa da tardinha
a rede perfumada pelos lírios,
cantando as canções de sossegar.
A noite, qual uma mãe,
em si,me envolve;
atenta ao menor de meus ruídos,
cuidando pra ninguém me acordar.
O dia me alimenta de esperança,
a mente descançada me faz ver,
os meus sete sentidos me encantam
e os meus "pezinhos" lépidos covidam
a nova caminhada empreender.
E rezo para que não chegue a tarde
ou cantem as aves do anoitecer,
rogando, peço a Deus que chegue logo,
O Céu que ele quer ver acontecer!
"A noite, qual uma mãe,
ResponderExcluirem si,me envolve;
atenta ao menor de meus ruídos,
cuidando pra ninguém me acordar"
ACHEI LINDA ESSA PARTE!