segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

RESGATE


Silêncio do monte.
Silêncio acompanhado,
pleno, completo,
silêncio que fala.

Fez-se calmaria novamente em mim.
Uma voz ouvi bradar na escuridão,
das trevas da noite
e da treva em mim.

Era hora extrema
e eu sequer sentia;
eu já resvalava
e sequer sabia!

Palavras de ordem bramiram no ar:
pefídia, perfídia, pra longe daqui!
Uma raio na noite me fez enxergar:
desperta, desperta, à luz regressai!

Qual névoa pode ante o sol ficar?
Qual treva ao Sol pode subjugar?
Eu trago a marca do Amor em mim,
a indelével marca do Amor.

Esperavam os Astros uma Teofania.
Muitos falsos profetas previam o fim.
Agoureiros zombavam,meneando a cabeça,
poderosos rugiam qual leões em seus tronos.

Mas passaram como a flor que fenece,
como as trevas da noite,
com a névoa da aurora,
do espaço sumiram!

E eu que vira me prostrei por terra.
Saí de mim para O adorar.
Veio na Brisa, na brisa suave,
doce Menino estender-me a mão!

Um comentário:

  1. Nem no auge da minha mais pura inspiração eu chegaria a tanto!!!
    Parabéns Leandro.

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