sexta-feira, 9 de março de 2012

NOITE TREMENDA

O velho fantasma voltou à minha porta.
Trouxe consigo a noite escura:
sem luzes,sem tempo e espaços;
sem marcos, faróis e sinais.

Mantive a porta de casa fechada.
Mantive a lâmpada acesa.
Mantive a vigília, a guarda.
Lutei com o sono da alma pesada.

Lá fora o vento sem alma,
tocava a canção que embalava os murmúrios
dos seres obscuros que na noite vagavam
sem ciência da vida ou da morte.

Fui forte.
Vesti a armadura:
A couraça da justiça,
as sandálias da prontidão,
o escudo da fé
e a espada da palavra.

Fui ousado.
Acendi a chama do meu coração.
Empunhei minha espada.
Enfrentei os fantasmas
e com preces da alma:
rasguei o véu da escuridão!

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