quinta-feira, 15 de março de 2012

POEMA PARA A FLOR ORGULHOSA

Tornei-me odioso á flor que eu amo.
Feliz é o pequeno príncipe:
com toda empáfia sua Rosa é humilde,
com todo orgulho perdoa-lhe mais.

Da imagem que tinha não sei o que resta.
Ficou o ruim,
o bom, esquecido,
ficou ofuscado,
talvez invisível!

Que remédio servirá
para matar um amor que não morre?
Este espinho de amor ainda vive
a pulsar, a ferir, a doer.

Outras flores,sinais já me deram:
de perfumes, de cores, de viço;
mas pareço envolto em feitiço:
volta e meia suspiro por ela.

Eu suplico clemência, oh flor,
vem, arranca do peito este espinho!
Se detestas a minha presença,
muito mais eu detesto esta vida
de incertezas,insônias e sonhos!

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