Precisei sumir por um tempo.
Andava cansado.
Voltei à montanha
Tal qual velha águia.
Ah, quão precioso é o ermo fecundo,
sem vozes, sem gritos,
sem buscas, sem medos;
me enchendo de Deus,
saindo de mim!
Oh, quão belo é abandonar-se em Deus,
sem medos, sem culpas,
limites, desculpas,
pesar ou medir!
A noite escura cobriu-me com véu,
em férreo torpor de ser recriado...
dispus-me a Ele qual barro nas mãos
de exímio oleiro que molda sua obra.
E quando o sol renasceu,
vi-me transfigurado
naquele em que sou,
vivo,me movo e existo!
Nenhum comentário:
Postar um comentário